Fim dos dinossauros
Fim dos dinossauros
Não são poucas as teses que tentam explicar a mais
intrigante questão da pré-história. Afinal, de que forma
milhões de seres com dimensões colossais, como
dinossauros e outros grandes répteis, deixaram
subitamente de existir?
Boa parte dos cientistas atribui a causa da grande
extinção à queda de um asteróide de 10 a 15 km de
diâmetro na região de Yucatán, México, há 65 milhões de
anos. Luís Alvarez, geofísico norte-americano, foi o
primeiro a apresentar essa tese, em 1980.
O choque, de acordo com Alvarez, levantou poeira, vapor
de água e ácido sulfúrico o bastante para impedir que a
luz do Sol penetrasse na Terra durante anos. Além de
provocar vulcanismos, tsunamis e incêndios. As evidências
de que esse grande asteróide teria caído na mesma época
em que houve um desaparecimento em massa de seres
vivos reforça a hipótese.
Por outro lado, a sobrevivência em massa de tartarugas,
aves e crocodilos menores destacaria uma seleção
natural, como já demonstrado pelo cientista inglês
Charles Darwin, em que mudanças no meio ambiente
acarretam a morte daqueles que não conseguem se
adaptar.
Isso sustenta outras teses. "É inegável que um asteróide
atingiu a Terra no final do período Cretáceo, mas ele foi
um cisco", afirma Luis Eduardo Anelli, professor-doutor
do Instituto de Geociências da USP. Segundo ele, as
mudanças geradas pelo asteróide são mais importantes
que o choque em si.
Os dinossauros já dominavam o planeta por mais de 160
milhões de anos, tendo atingido hábitos e portes
desproporcionais ao seu habitat. Aliando a isso mudanças
climáticas e no ecossistema, o próximo passo, com ou
sem asteróide, seria a supressão da espécie.
Um outro grupo de especialistas prefere dizer que os
répteis pré-históricos se auto-aniquilaram. Com o
aumento de seu porte, e a diminuição de espaço entre
eles, fatalmente viria a escassez de alimentos. Aos
poucos, os herbívoros morreriam, o que
conseqüentemente levaria à extinção dos carnívoros.
Mudanças na vida vegetal também costumam ser
apontadas como responsáveis pela morte de herbívoros, o
que ocasionaria novamente uma quebra na cadeia
alimentar.
Há ainda explicações não tão aceitas. Como a de que os
mamíferos teriam contribuído para o entrave na
reprodução dos répteis, já que se alimentavam de ovos
reptilianos. Ou ainda de que uma devastadora onda de
doenças e epidemias teria dizimado dinossauros,
pterossauros e plesiossauros do Planeta.
Apesar de cada teoria parecer complementar outra, até
hoje não há unanimidade sobre o desaparecimento dos
dinossauros. Sua causa permanece um mistério tão
grande quanto eles próprios.